sábado, 19 de setembro de 2009

DISCURSOS e ENTREVISTAS de LÍDERES REVOLUCIONÁRIOS HISTÓRICOS

Discurso do Líder Muammar Al-Khadafi
na grande Celebração por ocasião do 38º
Aniversário da Evacuação e Expulsão das
Forças e Bases do Exército Norte-Americano
da Líbia.


MCR [10.07.2008 11:02]
Trípoli, 11 de junho de 2008





Celebramos hoje, neste lugar, de cabeças erguidas e em plena voz, desfrutando da liberdade, dignidade e orgulho e conosco desfruta esta região, que até pouco tempo atrás fazia parte dos territórios do império norte-americano colonialista naquela época.

Esta terra intocada que foi irrigada pelo imaculado sangue dos antepassados e coberta por seus corpos puros para defendê-la através das etapas da historia, estava, há pouco tempo, totalmente ocupada militarmente. E desde 1954, o agente falido regime monárquico havia assinado o Tratado de Escravidão com os Estados Unidos de América.

Quando lemos os termos do Tratado, vemos de maneira clara que prevêem inicialmente que “as áreas que os norte-americanos ocupam agora conforme definidas, as áreas que as forças militares norte-americanas ocupam e utilizam, e todas as áreas a serem integradas a elas posteriormente”, isso quer dizer que quando o tratado foi firmado em 1954, as forças norte-americanas já ocupavam os territórios libios antes da assinatura desse tratado porque o tratado reconhece que as áreas ocupadas e utilizadas pelas forças militares norte-americanas, são as “áreas acordadas” e são chamadas “as áreas acordadas”, além das áreas a serem acordadas posteriormente.

É vergonhoso, irmãos, pode ser estranho ou não, que a chamada Câmara dos Deputados eleita pelo povo líbio e a luta dos ingênuos, simples e bondosos a favor deste ou daquele candidato, é a mesma que ratificou o que foi assinado pelo agente e traidor, o chamado Mustafá Bin Halim, que era então o presidente do Governo Libio. Eles aprovaram esse tratado, a partir do qual os territórios, o espaço marítimo e o espaço aéreo da Líbia, passaram a ser ocupados pelos Estados Unidos de América.

Isso aconteceu em 1954, aqueles eram os parlamentares da Câmara dos Deputados e no Senado, exceto quatro senadores que se recusaram a assinar. E devemos conhecê-los para dignificá-los e glorificá-los, ou glorificar seus familiares caso eles tenham falecidos. Não nos esquecemos de suas posições naquelas circunstâncias difíceis. O tratado de 1954 com os norte-americanos tolheu a Líbia, e transformou-a depois de ter declarado sua independência, um ou dois anos antes. Foi firmado o tratado que levou à Líbia de volta à ocupação militar direta dos países do ocidente. O ano de 1954 significou o ano da falsa independência.

No que diz respeito às forças britânicas, elas já existiam desde a segunda guerra mundial, e naquela época não havia desculpa para alguém discutir a presencia militar britânica porque todas as cidades líbias eram repletas de campos militares britânicos.

Mas, os norte-americanos, britânicos e o os paises do ocidente, inclusive a Itália, sabiam naquele tempo que a Líbia era uma lagoa de petróleo e gás, então deveriam ocupá-la e dividi-la entre si.

Assim sendo, a Inglaterra depois da segunda guerra mundial, manteve suas forças na Líbia para receber a sua parte, sua parcela da riqueza líbia de petróleo e gás.

Porém, os Estados Unidos não queriam que a Grã Bretanha se apoderasse sozinha das riquezas do petróleo, por isso precipitou-se a ocupar a Líbia antes da assinatura do tratado de 54, as forças norte-americanas entraram antes da assinatura do tratado, assim como vêem agora quando as forças norte-americanas entram na região do Crescente Fértil, Afeganistão, Panamá, Granada e Iugoslávia sem autorização de ninguém.

As forças norte-americanas invadem em turbas as regiões que querem sem encontrar resistência nenhuma no inicio, e assim as forças norte-americanas entraram na Líbia, temendo que Inglaterra se apoderasse do petróleo e do gás líbios, e assim a Líbia foi ocupada pelas forças norte-americanas antes da assinatura do tratado de 54.

Esse tratado, que trouxe toda a vergonha aos governantes da Líbia naquele tempo, os agentes reacionários, o agente regime monárquico, colocava as áreas acordadas sob ocupação direta, e há quem diga também que os territórios ao redor das áreas acordadas, também sob a proteção norte-americana.

Isso significa que em um lugar como este, esta base que era chamada de Base de Wells e que nos chamávamos de Base de El Melahah (Navegação) e agora é chamada de Base de Ometeika, em referencia `a mártir Ometeika, a criança que foi morta pelos Estados Unidos de América, as mesquitas na volta da base, inclusive esta base, e as casas, lojas, as esquinas islâmicas, os memoriais, as fazendas e todas as instalações em volta das áreas acordadas, que eram as áreas sob ocupação direta, eram consideradas áreas sob proteção norte-americana.

Quer dizer que a área ocupada, a base americana e as áreas ao redor estavam todas sob ocupação, significa que os libios que, por coincidência, viviam nas áreas entregues aos norte-americanos, tornaram-se escravos das forças norte-americanas.

Isto é fato comprovado pelo artigo 30 do tratado de 1954.

E eles diziam que a Líbia era um país independente, será que este era um país independente?

Havia lá um exército italiano formado de 20 mil individuos que não usavam uniforme militar, eles se apoderaram das instalações econômicas e das terras agrícolas, especialmente em Trípoli e adjacências. Tudo o que era chamado de estado de Trípoli era ocupado por um exército italiano vestido em trajes civis.

Este é o país que era independente!

Então, qual foi a falsa independência : ? A de 24 de dezembro, ou a de primeiro de setembro de 1969?

O dia primeiro de setembro é o verdadeiro dia de independência. O dia da libertação.

A base de El – Melaha era a base mãe, a maior base de treinamento fora dos Estados Unidos de América.

Apoiava-se em outro conjunto de bases, de campos de treinamento, bases de espionagem e inteligência, de comunicação, que se estendiam até a cidade de Tajura, os campos de tiro nas bases de Al Watiah e Sidi Belal, e os depósitos dessas bases ocupavam outra base e todas estas áreas.

O grave é que todo o espaço marítimo, aéreo e terrestre entre uma base americana e outra, estava sob o domínio americano. Quer dizer que todo o território situado entre esta base e a de Al-Watiah, era domínio americano, assim como entre aquela base e a cidade de Tajura.

Claro que tinham se juntado a eles as forças britânicas, que estabeleciam campos em qualquer lugar sem qualquer limitação. Isso porque não existiam zonas acordadas para a presença das forças britânicas, já que toda a Líbia era ocupada pela Inglaterra.
Quando tentei, como oficial do exército líbio, entrar naquela base para explorá-la , chegou um grupo de militares americanos e me pararam dizendo “pára”, eu respondi “não, eu sou oficial do exército líbio”. Eles falaram :“sim, não pode entrar na base de Wells justamente porque é um oficial do exército líbio”.

Imaginem, eles disseram :“não entre”, " você não tem este direito sendo um oficial libio”. Olhem a indignação, a situação em que vivíamos : a um oficial do exercito libio eles falaram que era proibido entrar na base, porque para os norte – americanos era considerada um território americano.

Mas voltei na manhã do dia primeiro de setembro, junto com os oficiais livres, quando cercamos esta base com metralhadoras e fuzis. Naqueles tempos eles não tinham tanques, aviões nem mísseis.

Os Estados Unidos foram surpreendidos com o cerco desta base mãe por todos os lados pelos bravos oficiais, tenentes e soldados no dia primeiro de setembro. Quando os Estados Unidos perguntaram sobre o assunto, os oficiais livres responderam que era óbvio :“saiam da nossa terra, saiam das terras que vocês ocuparam, este é o dia da independência, chegaram os libertadores que não aceitam que um só pedaço de suas terras fique ocupado, ou será a morte”.

Naquelas horas, e após a Líbia ter sido declarada república, aqueles a quem vocês chamam agora e com razão, de cães vadios, correram como ratos assustados, entrando na base de Al-Melaha, pedindo aos seus amos norte-americanos, que foram recrutados pela CIA para retirá-los rapidamente, e embarcá-los nas primeiras horas em caixas a bordo de aviões americanos, antes que fossem presos e mortos pelos oficiais livres.

Depois disso, os oficiais livres informaram aos norte-americanos que qualquer avião que decolasse depois seria derrubado. O embaixador norte-americano, me lembro do nome dele -“Josef Palmo”, foi ao Ministério das Relações Exteriores e disse que a situação era muito grave, “nosso aviões precisam decolar diariamente em vôos de treinamento, para manutenção e para não se estragarem ficando em solo, estes aviões devem decolar”. O Ministério das Relações Exteriores respondeu que o assunto estava nas mãos dos libertadores que libertaram esta terra, “escutem as ordens deles”. Voltaram perguntando-nos “o que fazer”. Dissemos a eles “óbvio, entraremos na base, você se viram, esta terra é nossa e a queremos na hora”. Falaram :“nos dêem autorização, os aviões tem que decolar” e nós dissemos a eles que “qualquer avião que decolasse, se retornasse seria derrubado por nós”. “Vamos autorizar vocês a decolar, mas não podem aterrissar outra vez”. Eles concordaram, e assim os aviões norte-americanos saíram um atrás do outro em direção a suas bases na Alemanha, e a base ficou vazia sem aviões.

Então eles chegaram cedo antes do prazo determinado por nós, e disseram “tomem suas terras”, perguntamos “como, ainda faltam alguns dias para a data de entrega”. Então eles disseram “não, não, o que vamos fazer com a base se os aviões decolaram sem volta”. E foi assinado o acordo de evacuação. E agora vocês entram nela como pessoas livres , falando em voz alta e de cabeças erguidas, livres na terra e sob o sol.

Tudo graças ao grande povo que deu à luz aqueles oficiais heróicos, os oficiais livres e seus bravos soldados que libertaram esta terra.

Passeiem por esta grande e espaçosa base e caminhem por seu interior com dignidade e orgulho, e de cabeças erguidas.

Olhem como esta terra era sob a ocupação dos norte-americanos e das forças militares norte-americanas, e tinha o que se chamava o rei, príncipe herdeiro, senado, câmara de deputados e ministros, que comiam as migalhas dos soldados norte-americanos para manter as terras ocupadas.

De todas as maneiras, os Estados Unidos saíram sem demora nas horas decisivas em 1970 e “Deus resguardou os crentes do combate”, porque como eu havia anunciado em um discurso na Praça dos Mártires, em Trípoli, que as bases sairiam e se demorassem e se recusassem a sair, haveria combates em cada rua porque invadiríamos essas bases, lutando com a força para matar os soldados do inimigo , que sairiam vivos ou mortos.

No dia seguinte foram dadas as ordens para programar o treinamento militar geral, enquanto as instituições educacionais e outras começaram o treinamento às armas. Os países, donos dessas bases – Estados Unidos, Inglaterra e a Itália- viram que o assunto era sério e que aqueles revolucionários começavam a se preparar para o combate e por isso preferiram a segurança para eles mesmos e saíram calmamente. Estávamos muito felizes com essa retirada pacifica das forças norte-americanas e britânicas, inclusive das italianas, e que a retirada deles resolveu a situação da melhor maneira.

Creio que os políticos e militares norte-americanos e britânicos foram muito sábios por tomar aquela decisão de sair sem demora, preferindo manter relações tradicionais e normais entre seus países e a nova Líbia, a Líbia Republica, a Líbia livre, sem hegemonia, sem arrogância, e sem imposição de forças militares às terras líbias.

As relações entre a Líbia e os Estados Unidos de América poderiam ter sido mantidas amistosas ou tradicionais porque não havia motivo para criar qualquer tipo de conflito entre ambos depois da retirada das forças norte-americanas.

Porém, por causa de comportamentos equivocados, talvez por parte dos dois lados, o líbio e o norte-americano, naquela época cresceu a tensão entre os dois países até chegar ao rompimento de relações e à guerra, os dois países se enfrentaram durante vários anos, e o Golfo de Sert no Mar Mediterrâneo, se tingiu de vermelho com o sangue dos mártires líbios e dos norte-americanos mortos.

São fatos concretos. Mas depois disso, qual foi o resultado?

O resultado, eu acredito, é que os Estados Unidos foram os perdedores e isso não foi porque as forças militares líbias eram superiores à gigantesca e internacional força militar norte-americana. Eu não falo isto. Mas, quem quer lutar pela sua existência, não se importa com a morte, luta até o final, seja diante de um gigante, dois, ou um milhão de gigantes.

O importante é que os Estados Unidos perderam depois de sua retirada, eu acredito.

A primeira derrota foi ter mandado seus parceiros se retirarem da Líbia e abandonar os campos de petróleo, e foram substituídos por empresas européias e de outras nacionalidades. Essa foi a primeira perda dos Estados Unidos por não estabelecer boas relações com a Líbia.

Ademais, os Estados Unidos tiveram perdas humanas.

Nós perdemos inocentes, mártires. Porém isso não foi uma perda, isso foi em troca de algo precioso. Quem perdeu foi aquele que pagou sem receber nada em troca. Mas nós pagamos com a vida de nossas crianças, com a vida de nossos filhos e familiares, e em troca recebemos a liberdade, a dignidade e o orgulho em nossa terra. Nos não queremos ser arrogantes no mundo como os Estados Unidos querem. Queremos ser arrogantes somente em nossa terra. Por conseguinte, sempre estivemos dispostos a morrer por isso ontem, hoje, amanhã e no dia depois de amanhã.


O mar se tingiu com o sangue dos mártires e dos inimigos.

Sendo assim, os Estados Unidos também sofreram outra derrota, eles perderam vidas, equipamentos e aviões.

A grande derrota foi que a nação árabe e islâmica, o terceiro mundo e as forças de libertação, inclusive nos Estados Unidos, incluindo os povos norte-americano e britânico, todos eles ficaram do lado do povo da Líbia contra seus governos. E foi provado que não existe democracia lá, mas sim ditadura, que não se diferencia de maneira nenhuma da ditadura de Hitler, Napoleão, Mussolini, Ganges Khan, ou Alexandre, até os últimos tiranos.

Com ordem presidencial, assim se falava na era de Reagan, o demente. O presidente norte-americano deu ordem presidencial para declarar guerra contra a Líbia, por exemplo, uma ordem presidencial para impor o bloqueio contra a Líbia, de boicotar a Líbia, uma ordem presidencial para fazer isso ou aquilo. Será que isso não é ditadura? Será que é democracia?

Ora, então cada qual pode basear-se em ordem presidencial e fazer o que bem entender. Dar um milhão de ordens presidenciais, e assim a vida toda será regida por ordem presidencial. Isso significa ditadura.

Enquanto em países do atrasado terceiro mundo, o presidente não pode tomar decisões tão graves disse tipo por meio de ordem presidencial. Em quaisquer pais do atrasado terceiro mundo que tem algo de representação parlamentar, o presidente não pode dar uma ordem presidencial e fazer coisas desse tipo.

Isso é democracia. Isso é o pior tipo de ditadura, porque são ações autoritárias contra a vontade dos povos.

O confronto com a Líbia é contra a vontade do povo norte-americano. Qual é a hostilidade que existe entre o povo líbio e o norte-americano? Não há hostilidade e até o final dos tempos, não haverá hostilidade, nós nos conhecemos só pelo que há de melhor.

Que hostilidade existe entre o povo norte-americano e o iraquiano, o afegão ou o iugoslavo? Não existe. Contra o Iraque, Afeganistão, Panamá, Granada e Somália? Tudo isso é contra a vontade do povo norte-americano. O povo americano não quer isso. Ele não sabe onde fica Somália, então por que seus filhos morrem lá ?
O povo norte-americano odeia o povo palestino? Por que odiaria? Há milhões de refugiados palestinos nos Estados Unidos e têm nacionalidade norte-americana.
Não há inimizade entre o norte-americano e o palestino. Porém por que os Estados Unidos são anti-palestinos e fornecem armas àqueles que querem massacrar o povo palestino? Isto é ditadura contra o povo norte-americano.

Quem quiser democracia que venha à escola de Líbia para aprender. Começa com A, B, Ba, Bi, Bu . Ensinaremos a ele a democracia popular direta. Que venha aprender na escola da Democracia Internacional na Líbia.

Mas quem quer conhecer a ditadura, muito simples. Quem faz ditadura é o Franco e qualquer outro.

De todas as maneiras, agora não existe confronto com os Estados Unidos e não existem forças norte-americanas nos territórios líbios. As relações são normais e as empresas norte-americanas, que foram privadas por seu governo do petróleo líbio, voltaram agora a implorar à Líbia para poderem retornar aos campos de petróleo e firmar contratos.

Uma empresa norte-americana ficava com 90% dos rendimentos do petróleo, cabendo à Líbia apenas 10 %. Chegou o presidente norte-americano, o ditador, e privou as empresas desses lucros. Agora, as empresas norte-americanas pagam adiantado, implorando à Líbia que os deixem retornar aos campos de petróleo, em troca de ficar com apenas 10 % dos lucros, cabendo à Líbia os 90%.

É o que ocorre hoje em dia. É o que existe na realidade. E, nós desgastamos essas empresas, dizendo “não paguem mais e mais”, até tirar tudo deles, deixando-lhes sem nada, e depois dizemos tudo bem, fiquem com os 10 %, e eles concordam.

São práticas colonialistas, imperialistas que prejudicam as empresas, o setor privado, o povo e suas relações com os outros povos.

A Líbia tem interesse nos Estados Unidos?

Não há nenhuma justificativa para tamanhas perdas e confrontos. Mas há uma política imperialista que quer apoderar-se das terras e das riquezas dos outros e oprimir os povos. Porem, não importa o quanto os outros aceitem, porque ao final eles se revoltarão. Foi o que aconteceu e é o que acontecerá nas regiões que sofrem agora como a Líbia sofreu.

Acredito que os Estados Unidos agora aprenderam a lição e nós também. Não creio que eles repitam a experiência das fracassada políticas, não somente com a Líbia, mas também com os outros povos que devem, por sua vez, ter aprendido a lição da mesma maneira.

Virão agora as eleições nos Estados Unidos. Apareceu um cidadão negro de origem queniana e muçulmano. Estudou em escola islâmica na Indonésia, seu nome é Obama.

Todos, no mundo árabe, no mundo islâmico e na África aplaudiram essa personalidade, sentindo-se otimistas, o aplaudiram, oraram por ele e desejaram-lhe sorte. E talvez tenham contribuído nas campanhas legais de doações para fazer com que ele consiga ganhar a presidência. Porém, fomos surpreendidos com nosso irmão africano, de Quênia, de nacionalidade norte-americana, dando declarações que chocaram todos seus simpatizantes no mundo árabe, na África e no mundo islâmico.

Esperamos que seja, e talvez seja, apenas, como dizem no Egito, uma ocasião eleitoral, uma mentira eleitoral. Para que saibam a palhaçada das eleições, o candidato mente e mente para as pessoas para obter seus votos, e na hora de conseguir e ganhar, dizem para ele “você prometeu isso e aquilo”. Ele responde “não, foi apenas propaganda eleitoral”. Olhem a palhaçada. Isso é democracia ?

“Não, é propaganda eleitoral e vocês achavam que fosse sério, achavam que fosse verdade, nós os enganamos para conseguir seus votos”.

Oxalá essas declarações sejam apenas propaganda eleitoral. Porém, por ele ter dito que faria de Jerusalém a eterna capital para os israelenses prova que nosso irmão Obama desconhece a política internacional e não tem conhecimento sobre o conflito no Oriente Médio. Ou será que ele exagerou a tal ponto que inclusive os judeus, de quem ele deseja conquistar votos, não acreditam nele. Realmente, depois eles mesmos falaram que parecia que essa conversa carece de verdade.

Como um homem pode dizer que faria de Jerusalém a capital eterna para os israelenses, se ao menos se sabe que a Jerusalém Oriental foi ocupada em 1967?

Depois ele disse :“destinarei US$ 30 bilhões aos israelenses nos próximos dez anos”. Bem, os israelenses desfrutam e ocupam tudo e recebem apoio anualmente, por que iria querer aumentar?

Disse: “farei com que a chamada “Israel” seja superior a todos militarmente e trabalharei para que ela tenha poder de defesa desde a Faixa de Gaza ate o Irã. " Ora, ele referiu-se a algo muito grave, importante. Disse da Faixa de Gaza até o Irã. O que significa de Gaza até o Irã? Porque na realidade, a resistência pode surgir de Gaza ou do Irã.

Sendo assim, ele considerou o mundo árabe como morto, ignorou-o, deduziu que não representa perigo aos israelenses e não lhe concedeu importância nenhuma. Ele falou “a agressão vinda de Gaza ou do Irã”. Bom, existem outros países árabes vizinhos. Pelo que disse, deu a entender que esses países não valem nada. Não pensariam em guerra. Os árabes são rendidos.

Ao dizer isso, seja nosso irmão Obama, ou qualquer outro, todo candidato sempre bajulou os israelenses, ofertando-lhes dádivas e presentes e apoio incondicional.

Bom, existe uma nação árabe, e ninguém, nunca, em seu programa eleitoral nos Estados Unidos, seja verdade ou mentira, executando tal programa ou desmentindo-o até por motivos de propaganda, mentira eleitoral, ou falsidade eleitoral, nesta falsa democracia que existe hoje em dia, ninguém menciona esta nação e fala que quer dar à nação árabe US$ 30 bilhões, ou apoiar os laços da forte, estratégica e histórica amizade entre os Estados Unidos e a nação árabe, por exemplo, ou a nação islâmica.

Por que ele não diz isso?

Porque os mesmos árabes demonstram aos Estados Unidos que são nada, cabisbaixos e rendidos. Então, por que considera-los, se são garantidos? Para que implorar a eles ou fazer-lhes ofertas para ganhar as eleições?

Os árabes nos Estados Unidos são mais numerosos que os judeus. E os muçulmanos são mais numerosos que os judeus, mas a fragilidade vem de seus países árabes. Sua fraqueza vem de seus países árabes.

A bandeira eleitoral de Obama é: Mudança. Mudança. Creio que ele conseguiu os votos contra seu concorrente por causa desta bandeira: mudança.

Qual é a mudança nesse programa? Um conto em que todo candidato diz que dará bilhões aos israelenses, isso é uma prática que existe desde os tempos remotos. Onde está a mudança nisso e qual é a novidade?

Ele disse “quero armar Israel com mais armas nucleares do que já tem”. Qual é a novidade, e onde está a mudança?
Acham que a mudança seria ele dizer “apoiarei o povo palestino, o injustiçado, o injuriado, dispersado, refugiado, cujas terras foram ocupadas, de onde foi expulso em 1948”. “Este povo merece dos Estados Unidos, uma potencia poderosa que defende a liberdade, o dever de apoiá-lo”. Isso sim é mudança, é um dos caminhos para a mudança, se ele realmente quisesse promover uma mudança.

Esperávamos que Obama, sendo ele africano, fosse dizer :“Eu condeno a política norte-americana anterior, alinhada totalmente aos israelenses, existe outro povo, chamado povo palestino, ferido e dispersado, massacres são cometidos diariamente contra as mulheres e as crianças e casas são destruídas”.

Esperávamos que ele dissesse “Todos os governos e candidatos norte-americanos anteriores ignoraram a nação árabe, desprezando-a e hostilizando-a” e que dissesse: “Eu quero mudar esta política externa norte-americana e fazer com que os Estados Unidos sejam amigos da nação árabe”. “Que os Estados Unidos apoiaram os traidores nos países árabes e apoiaram os fracassados governos reacionários, como o regime monárquico na Líbia antes da revolução”.

“Mas todos esses governos caíram e fracassaram e não puderam defender-se e não podem servir aos Estados Unidos porque são fracassados. Portanto, devemos lidar com os livres e honrados e não com os traidores”.

Ele deveria ter dito assim:“Os Estados Unidos não terão relações com os traidores nos países árabes, mas terão com os honrados, os livres, os que têm princípios, os justos, os que podem fazer de tudo, os que têm o apoio das massas , porque as massas eternamente odeiam, desprezam e sentem vergonha de traidores , estejam no poder ou fora dele , vivos ou mortos, as massas os amaldiçoam sempre."

“Os Estados Unidos não deveriam ter ficado do lado dos amaldiçoados, dos expulsos, dos abominados e rejeitados pelos seus povos, cuja existência está interligada à existência dos Estados Unidos, porque foram eles que os impuseram aos seus povos”.

Os Estados Unidos, ou o novo candidato deveria ter dito :“Eu decidi acabar com esta política errônea e a partir de agora a política dos Estados Unidos será lidar com os honrados, os livres e também com os revolucionários que são amados e apoiados pelas massas, são eles que poderiam prejudicar ou beneficiar os Estados Unidos”.
Esta é mudança que seria benéfica aos Estados Unidos, esta é a política que serviria aos Estados Unidos .

Damos conselhos a ele em seu programa eleitoral, seja a ele ou a outro.

Achávamos que ele fosse dizer :“Eu decidi, se ganhar, ordenar uma inspeção no reator nuclear de Dimona para verificar a existência de bombas nucleares e de outras armas de destruição em massa que os israelitas têm , quero ter certeza”.

Esperávamos que ele pudesse tomar uma decisão como essa.

Mas certamente quando ele pensou nisso, ele deve ter pensado porque quando falava do Irã e de seu programa nuclear, ele devia ter trazido em mente o Dimona, com certeza, mas se ele teve o Dimona em mente , então o destino de seu antecessor Kennedy devia estar presente.

Kennedy resolveu inspecionar o reator nuclear de Dimona e insistiu para verificar se fabricava armas nucleares. Os israelitas recusaram, mas ele insistiu de novo. A saída para esse impasse era a demissão de Ben Gorion , que se demitiu para evitar a aprovação da inspeção. E deu a luz verde para assassinar o Kennedy.

E assim o Kennedy foi morto por causa do reator nuclear de Dimona e por ter insistido na inspeção.

Obama devia ter isso em mente, portanto certamente ele queria falar sobre isso mas voltou atrás.

Por que ele falou sobre o programa nuclear iraniano e não sobre o programa nuclear israelense?

Se realmente queremos a paz para os israelenses e os árabes e para o mundo inteiro, então devemos acabar com as armas de destruição em massa pelo menos nesta região.

Que paz é essa se um tem bomba nuclear e o outro não? Dizem pela paz. Se for pela paz, então desarmem este e aquele de suas armas nucleares.

Esperávamos que ele dissesse: “Se eu ganhasse, implementaria a idéia de um estado único “ Isratina” , previsto no Livro Branco do Khadafi. Esta idéia é a que apresenta uma solução radical, histórica e definitiva. É impossível estabelecer dois estados anões nesta região. Qual é o estado que tem 15 quilômetros de largura? A chamada “Israel” agora tem 15 quilômetros de largura , que estado é esse?
Diante de cinco milhões de palestinos, esperávamos que ele dissesse, “Os milhões de refugiados palestinos, eu decidi fazer com que eles retornassem à sua terra Palestina, de onde foram expulsos em 1948, e em 1967”.

Essa é a mudança aplaudida pelos povos, e é a que o povo norte-americano e o povo negro dos Estados Unidos querem.

Esperávamos que ele dissesse :“Trabalharei pela independência e unidade da nação Curda, que deve ocupar um lugar na terra e sob o sol no Oriente Próximo”.

A nação Curda, estralhaçada, sofrida, oprimida e colonizada por todos, ele devia ter ficado do lado dela e não do lado dos traidores, sacrificando o destino da nação Curda.

Isso sim é mudança.

Achávamos que ele fosse apresentar um programa para combater as doenças, um programa para ampliar e aumentar o canal de Suez para que os navios grandes que não podem atravessá-lo pudessem fazê-lo agora. Este é um grande programa, isto é estratégia.

Por que dar US$ 30 bilhões aos israelenses para matar crianças?

Achávamos que ele fosse trabalhar para limpar o ameaçado mar de Aral e a ameaçada lagoa de Chade na África, e que dissesse :“Eu daria US$ 30 bilhões para construir a barragem de Ingá para fornecer energia a toda África e para iluminar a África que vive na escuridão”. Se esta barragem fosse implementada, iluminaria a África e exportaria energia a Europa.

Por que os Estados Unidos, este grande, rico e poderoso pais, não apresenta programas como esses?

É lógico dar armamentos a Israel? Hamas , Gaza!!

Que necessidades anãs são essas? É esse o programa dos Estados Unidos, um candidato levar a maior potencia no mundo a este nível degradante. Essas coisas simplórias.

Isso significa que o mundo ainda está em risco. Eis que eles vêem que no final tudo se acaba em morte. A morte se tornou algo muito normal para os povos e as pessoas. Eis que eles vêm às pessoas, cada qual se transforma em homem bomba e morre facilmente, no final tudo termina em morte.

Levaram Saddam à morte, como se estivesse andando na rua. Morte .Morte, como e quando vai acabar ?

Os que ainda estão vivos morrerão por indigestão e as outras pessoas preferem a morte, para elas é melhor morrer.

A morte é o final. O que significa a morte? É muito simples, todos nós vamos morrer, e que seja a morte se o limite é isso. Quando alguém decide morrer, e aí o que há a temer se nada mais o assusta, a morte é a ultima parada, e nós não temos medo da morte.

Demos Saddam a eles numa forca, muito normal, o sacrifício no dia das festas do El Eid.

Os palestinos morrem todo dia, os iraquianos morrem todo dia.

Era de se esperar que ele dissesse :“Forças internacionais irão a Gaza para proteger os palestinos”.

Por que as forças internacionais vão a Darfour e a Kosovo ? E os palestinos? Se eles fossem a minoria, então as Nações Unidas deveriam protege-los e se fossem a maioria, por que estão lutando contra eles na sua própria terra?

De todas as maneiras esta conversa veio em seu devido tempo.

Primeiro as eleições norte-americanas, e quem detém o poder nos Estados Unidos não é povo norte-americano e sim o presidente. Prova disso é que o povo norte-americano não está interessado nas eleições assim como os outros povos, já que as eleições viraram uma moda antiga. E ninguém está interessado nelas , nem nos partidos ou nos governos. As eleições não tem sentido, é algo que deveria ser guardado no museu.

Agora é a era das massas, da globalização e da democracia popular direta, e as pessoas são livres para formar qualquer regime que lhes agrade, sem tutor, parlamentar, governante e sem sofisma. Hoje em dia são poucos os que votam nas eleições.

Sendo que o presidente é quem tem o poder nos Estados Unidos e não o povo norte-americano a nós importa e rezamos para que o presidente norte-americano seja um homem de paz, que venha a dizer:“ Para nós, esta nação árabe humilhada, mesmo se os seus próprios governantes a humilhassem e a desprezassem perante o mundo e fizessem com que ela não tivesse peso nenhum, enquanto os israelenses têm peso sendo eles uma gota no mar para o Mar Árabe, eu quero fazer amizade com ela e respeitá-la”.

O receio, todo o medo é que o negro se sente inferior, complexo de inferioridade, e isso é grave. Se nosso irmão Obama sente que é negro e não tem direito de governar os Estado Unidos, será a grande catástrofe porque este sentimento é muito grave e faria com que ele agisse como branco ainda mais que os próprios brancos, exagerando na opressão e desprezo aos negros. Essas declarações indicam isso.

Isto é um complexo psicológico, tem que ser tratado psicologicamente. É um problema psicológico os negros falarem:“somos desprezados nos Estados Unidos”, já que até pouco tempo atrás eles não podiam entrar nas cafeterias dos brancos, nos restaurantes dos brancos, não podiam pegar os ônibus dos brancos, não podiam morar nos bairros onde moram os brancos, tal como são as coisas atualmente na África do Sul, que apesar da independência os negros ainda vivem a céu aberto, nas cabanas, varrendo as ruas e a noite voltando para suas cabanas.

Dizemos a ele: o negro e o branco nos Estados Unidos são iguais, todos eles são imigrantes. Os Estados Unidos não são dos negros ou dos brancos, são dos índios, os primeiros habitantes.

Chegaram o branco e o negro, então o negro e o branco nos Estados Unidos são iguais, e Obama tem o direito de erguer a cabeça e dizer: “Eu sou parceiro dos Estados Unidos. Os Estados Unidos são a minha terra, do mesmo modo que de vocês e se não fosse minha terra, então não seria a sua também, é a terra dos índios, vocês são imigrantes, nós somos imigrantes”.

Por que ele se sente inferior?

Atrás dele está todo o continente da África esperando o que faria um presidente negro nos Estados Unidos. Chegou ao ponto de as pessoas dizerem: “Oh Deus, que seja o Maccain, ou não sei como se chama, o candidato branco, o vitorioso, e não um candidato negro que possa vingar-se de seus semelhantes e exagerar com as abomináveis práticas dos brancos contra as outras etnias, em particular os negros”.
Por que se sentir inferior? Todo mundo está considerando estranho, é uma novidade um negro se candidatar, é algo sem precedência.

Ora, por quê? Por que um negro não se candidata nos Estados Unidos um milhão de vezes? Se os negros vão sair, então que saiam os brancos, e que fiquem os índios.

Mas, nós ainda esperamos que esse negro se orgulhe de seu africanismo, de ser muçulmano, de seu credo, de ter direito nos Estados Unidos, de mudar os Estados Unidos do mal para o bem e que estabeleça relações benéficas com os outros povos, em particular com os árabes, e que diga: “se somos alinhados aos israelenses, então, o cidadão dessa nação árabe no mínimo abomina os Estados Unidos”.

Por que agora existe na nação árabe ódio contra os norte-americanos, todo o mundo árabe odeia os Estados Unidos, por quê? Porque são alinhados aos Israelenses.

Por que ele não muda esta equação, fazer com que os israelenses convivam com os palestinos em um estado único ,“Isratina”, um Estado democrático, de fraternidade, eliminando as armas de destruição em massa da região, e aí reinaria a paz que protegeria os judeus no Oriente Médio. É a paz que protegerá aos judeus no mundo, não as armas norte-americanas, nem as armas nucleares.

Nós protegemos os judeus , quando os odiamos ? Somente a partir de quando os Estados Unidos se alinharam a eles contra nós. Os judeus sempre foram oprimidos e nós os protegemos.

Em Jerusalém, quando o imperador Constantino destruiu a cidade e expulsou os judeus no ano 72, nós os acolhemos na Península Árabe e oferecemos a eles a cidade de Al Madina e demos a eles o Vale dos Vilarejos, esses vilarejos judaicos “Bani Quraizah e Qainuqah” e os outros remanescentes até os dias de hoje na Península Árabe, todos eles tinham sido expulsos e torturados pelos romanos e nos os protegemos dos romanos, na Líbia , na cidade de Shahat.

E quando foram expulsos de Andaluzia no século 15 , quem foi que os protegeu? Foram os árabes que os protegeram. Nos os protegemos em cada bairro judeu em todo o norte da África.

Portanto , eles deveriam ter retribuído aos árabes que os protegeram ao longo dos tempos difíceis.

Como se a hostilidade entre os Estados Unidos e os árabes fosse por causa de Palestina. Realmente, se não fosse pelos Estados Unidos não existiria hostilidade nem mesmo entre árabes e israelenses.

Finalmente, declararam: “o preço do petróleo aumentou e vamos aplicar sanções contra os paises exportadores de petróleo”. Por Deus, bem, a culpa é deles, e querem impor sanções contra nós. Quem foi que aumentou o preço do petróleo? O responsável é o dólar, os Estados Unidos são os responsáveis por isso.

E os idiotas que usaram o dólar como moeda de referencia foram também os que provocaram isso .

O dólar despencou fortemente na semana passada, impulsionando o preço de petróleo que aumentou dez dólares em um único dia. Está muito claro diante do mundo que o aumento do preço do petróleo está atrelado ao dólar.

Não pensem que o preço real do barril de petróleo equivale US $ 130, ele custa US$ 30 dólares apenas, porque o dólar não vale nada, e nós o atrelamos ao dólar. O dólar despenca, despenca e despenca. E quando entrar em colapso, o petróleo entrará em colapso e todos os paises que dependem do petróleo entrarão em colapso.

São as especulações que fazem com que aumentem os preços.

São os impostos que eles impõem que aumentam os preços.

As guerras, conflitos, mobilização de esquadras aéreas e navais e forças terrestres, guerra contra o Iraque e o Afeganistão, o mundo em chamas, ameaças, instalações de mísseis e antimísseis, são essas coisas que aumentam o preço de petróleo.

E no final atacaram os alimentos, utilizaram o feijão, a soja, o arroz e o milho, e fizeram deles combustíveis para os porta–aviões e os porta – mísseis. A ultima que fizeram foi atacar os alimentos do ser humano.

O atual presidente norte-americano faz um apelo –"porque não rezamos juntos todo ano uma missa coletiva para Deus? "

Por Deus, isto é extraordinário. É extraordinário sendo o primeiro presidente norte-americano que apela e pensa em Deus, e nós estamos do lado dele, estamos dispostos a orar conjuntamente a Deus. É inspirado na missa coletiva que nós praticamos aqui: uma vez na cidade de Timbuctoo, outra na cidade de Agadez, em D’jamena, em Kampala, e outra vez na Casa Branca. O Papa celebra missa coletiva. Certamente ele teve ter tido a inspiração de que as pessoas podem reunir-se e rezar juntas, isso é bom.

Mas, antes de rezar vamos parar de massacrar as pessoas, vamos acabar com o massacre contra o Iraque , Afeganistão e a Palestina.

Acabemos primeiro com os massacres, para que Deus se agrade de nós.

Será possível cometer massacres, com as nossas mãos e roupas sujas do sangue dos inocentes e das crianças, e rezar? Que oração é essa?!. Se vamos orar ao diabo, tal vez ele nos aceite derramando o sangue dos inocentes, mas Deus não nos aceitará.

Vamos acabar com os massacres, e depois oraremos.

E a luta continua.
Trípoli - LIBIA

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

REVISTA do MDD - Reportagens, Entrevistas e Material Jornalistico Internacional

A P R E S E N T A Ç Ã O


Esta página é destinada á publicação de reportagens especiais, entrevistas de líderes revolucionários e materias jornalisticas internacionais de interesse politico do povo brasileiro, para informes que não lhe chegam ao conhecimento e são proibidos de serem publicados na grande mídia ou auto-censurado por êstes mesmos meios de comunicação por sua subserviência ao imperialismo

Stedile: “Sem Assembleia Constituinte, entraremos numa crise política prolongada”


24 de julho de 2013

Por Nilton Viana
Do Brasil de Fato


Em junho, no auge dos protestos que sacudiram o país, o Brasil de Fato publicou uma entrevista com João Pedro Stedile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e membro das articulações dos movimentos sociais brasileiros por mudanças sociais, para fazer um balanço e entender o significado daquele momento.
Agora, passado um mês daquele momento histórico, e após a realização do dia nacional de paralisações, convocado pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais, publicamos nova entrevista com Stedile.
O dirigente acredita que está definitivamente enterrada qualquer possibilidade de mudança política através do atual Congresso. E ele é taxativo: “Se não viabilizarmos uma assembleia constituinte, entraremos numa crise política prolongada, cujos desdobramentos ninguém sabe como acontecerão”.
Brasil de Fato – Passado o primeiro mês das grandes mobilizações e da paralisação de 11 de julho, que balanço você faz?
João Pedro Stedile – O resultado das grandes mobilizações ocorridas em junho é extremamente positivo. A juventude passou a limpo a política institucional e rompeu com a pasmaceira da política de conciliação de classes, em que se dizia que todos ganhavam.
Depois, tivemos a paralisação nacional do dia 11 de julho – organizada pelas centrais sindicais e pelos setores organizados da classe trabalhadora – que apesar da manipulação da imprensa burguesa foi realmente um sucesso. A maior parte da classe trabalhadora nos grandes centros do país não foi trabalhar.
E seguiu-se em muitas cidades mobilizações representativas ou massivas, por demandas locais, contra a prepotência da polícia, contra os governos locais, como o caso do Rio de Janeiro, Vitória, Porto Alegre, etc. Tudo isso recolocou as massas em movimento atuando na luta política concreta e usando as ruas como espaço de disputa.
E qual o significado disso do ponto de vista programático?
Do ponto de vista programático, estamos assistindo a uma conjugação de dois polos: de um lado a juventude contestando a forma de fazer política, a falta de representatividade do Congresso, do poder Judiciário e governos. Desnudando a gravidade da crise urbana, na situação dos transportes e a vida nas cidades.
E fazendo a crítica à Rede Globo e apoiando a democratização dos meios de comunicação. E de outro lado, com a entrada em cena dos setores organizados da classe trabalhadora, foi posto na agenda as demandas por reformas estruturais, relacionadas com as necessidades socioeconômicas de todo o povo.
Como é a garantia dos direitos sociais, contra a lei de terceirização e precarização das condições de trabalho, pela redução da jornada de trabalho e o fator previdenciário.
Também a pauta da soberania nacional contra os leilões de petróleo e a pauta da política econômica, contra as altas taxas de juros, por uma reforma tributária, que revise inclusive a política de superávit primário que vem sendo aplicada desde o governo FHC.
Por que a proposta da presidenta Dilma de realizar uma constituinte e um plebiscito não prosperou?
A presidenta Dilma sentiu o barulho das ruas e num primeiro momento apresentou a proposta de realização de uma constituinte e a convocação de um plebiscito oficial para consultar o povo sobre essas mudanças. Foi uma boa iniciativa, apesar de que o plebiscito proposto estava relacionado a pequenas mudanças eleitorais, que não tinham uma relevância maior de reforma política. Mas, por incrível que pareça, ela foi boicotada e derrotada.
Primeiro por sua base parlamentar, que na verdade não é base do governo, é base das empresas que financiaram suas campanhas. Segundo, foi boicotada pelo PMDB e por parte da própria bancada do PT. E assim está definitivamente enterrada qualquer possibilidade de mudança política através do atual Congresso. Ou seja, se comprovou, mais uma vez, que ninguém corta seus próprios privilégios.
Pior. Em meio a toda essa mobilização, os principais representantes dos poderes constituídos se comportaram com escárnio frente às demandas das ruas, ao usar os jatinhos da FAB para ir a festas e jogo da seleção. E as maracutaias do presidente do STF com suas mordomias, sua promiscuidade com a Globo, empregando um filho, e a denúncia de que recebeu mais de 500 mil reais sem trabalhar da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Tudo isso deixou a presidenta derrotada politicamente. Acho que seu futuro depende agora de muita coragem. Primeiro deveria fazer uma reforma ministerial para trocar imediatamente vários ministros da área política, Casa Civil, da Justiça e da Comunicação que ainda não escutaram as ruas... E dar uma prova de que quer mudar. Se afastar o mais rápido possível do PMDB e seguir ouvindo as ruas!
Como você vê o comportamento e os objetivos da burguesia brasileira frente a essas mobilizações?
Os setores organizados da burguesia brasileira e que a representam nos mais diferentes espaços também ficaram atônitos diante das mobilizações, sem saber o que fazer e tateando suas táticas. Vejam a própria postura da Globo como foi se alternando ou as orientações que davam para suas polícias militares.
Eles continuam divididos. Uma parte continua apoiando o governo Dilma, embora preferisse que o Lula voltasse para dar mais segurança ao pacto de classes que se estabeleceu em 2002.
E outra parte da burguesia, mais ligada ao agronegócio e ao setor rentista do capital financeiro, se articula em torno de um único objetivo: desgastar ao máximo o governo Dilma para colher os frutos nas eleições de 2014. Porém, eles ainda não têm um candidato que consiga representar seus interesses e ao mesmo tempo capitalizar os desejos de mudança das ruas.
Até porque eles não são a mudança, eles são o retrocesso, a volta aos programas neoliberais e a maior dependência do Brasil aos interesses estrangeiros. Eles vão continuar tentando motivar a juventude para que coloque temas reacionários ou utilizar o 7 de setembro para exaltação da pátria, como faziam no passado.
Mas, para nossa sorte, acho que eles também estão mal na foto, como diz o ditado. E a juventude não entrou nessa. E com a entrada da classe trabalhadora em cena, se colocaram temas da luta de classe na rua.
O que deve acontecer nas ruas daqui para frente?
É muito difícil prever o desdobramento. É certo que as mobilizações vão continuar. Tanto de maneira pontual contra questões locais, como o caso do governador do Rio de Janeiro, os pedágios de Vitória, a luta pela tarifa zero, que só está começando... E os setores organizados da classe trabalhadora já se programaram para diversas mobilizações durante todo o mês de agosto.
Dia 6 de agosto teremos manifestações dos setores sindicais, na frente de todas as sedes patronais, contra o projeto de terceirização e pela redução da jornada de trabalho. Na semana de 12 de agosto, teremos uma grande mobilização dos jovens estudantes, por temas relacionados com a educação.
Dia 30 de agosto está marcada nova paralisação nacional com a mesma pauta política e econômica da mobilização do dia 11 de julho. Tenho certeza que essa paralisação será ainda mais significativa.
E na semana de 7 de setembro teremos mobilizações contra os leilões do petróleo, da energia elétrica, as mobilizações do grito dos excluídos que envolvem as pastorais das igrejas etc. Assim, teremos um agosto muito ativo. Mas o principal é que consideramos que está se abrindo um novo período histórico de mobilizações de massa, que será prolongado, até que se altere a correlação de forças políticas na institucionalidade.
E qual é a proposta dos movimentos sociais frente a essa situação?
Frente a essa conjuntura, temos discutido nos movimentos sociais e realizado inúmeras plenárias locais, estaduais e nacionais dos mais diferentes espaços para ir acertando os passos unitários.
Achamos que devemos estimular todo tipo de mobilização de massa nas ruas, como já descrevi sobre o mês de agosto. E por outro lado, a única saída política a curto prazo é lutarmos pela convocação de uma constituinte exclusiva para promover as reformas políticas que abrirão espaço para as necessárias reformas estruturais.
Como o Congresso não quer constituinte e derrotou o próprio governo, cabe às forças populares se mobilizarem e convocarem por conta própria um plebiscito popular que pergunte ao povo uma única questão: você acha necessário uma assembleia constituinte exclusiva para realizar as reformas?
E com esse plebiscito popular, organizado por nós mesmos, colher milhões de votos, por exemplo, entre setembro e novembro, e aí fazer uma grande marcha a Brasília e entregar ao parlamento a proposta, para que eles convoquem a eleição dos constituintes junto com a eleição de 2014.
E aí teríamos o Congresso temporário, funcionando, e outra assembleia constituinte que teria, por exemplo, seis meses (durante o primeiro semestre de 2015) para promover as reformas que as ruas estão exigindo.
No próximo dia 5 de agosto, realizaremos uma plenária nacional de todos os movimentos sociais brasileiros, para debater essa e outras propostas e aí darmos os encaminhamentos necessários.Espero que os dirigentes que por ventura lerem essa entrevista se motivem a participar dessa importante plenária que será realizada em São Paulo.
Mas você acha que essa proposta tem viabilidade política?
Nesse momento estamos fazendo muitas consultas entre os movimentos sociais, correntes partidárias, forças populares e a aceitação é muito grande. Se conseguirmos organizar um plebiscito popular e ele recolher milhões de votos, isso será a pressão para encontrar uma saída política.
Se não viabilizarmos uma assembleia constituinte, entraremos numa crise política prolongada cujos desdobramentos ninguém sabe como acontecerão. Até porque as eleições de 2014 não vão resolver os impasses colocados nas ruas.

Jornal do MERCOSUL


Presidente Chávez llega a
Libia para fortalecer alianzas
con continente africano








Tripoli - ABN.- Este lunes, llegó a Tripolí, capital de Libia, el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, en el inicio de una intensa gira internacional que lo llevará por África, Medio Oriente, Asia Central y Europa, con el objetivo de fortalecer alianzas de cooperación en materia económica, científica, política y energética.El presidente Chávez, junto a su comitiva encabezada por el ministro del Poder Popular para las Relaciones Exteriores, Nicolás Maduro, llegó al Aeropuerto Internacional de Mitiga, en Tripoli, donde fue recibido por una comitiva oficial de esa nación.El mandatario está invitado al Congreso de la Unión Africana (UA), donde dará un discurso con motivo del décimo aniversario de esa organización y reiterará la importancia de la próxima cumbre de los países América del Sur – África (ASA), a realizarse a finales de septiembre en Caracas, capital de Venezuela.Asistirá asimismo, el primer mandatario, a las celebraciones de los 40 años del triunfo de la revolución libia, comandada por el coronel Muamar Gadafi.La gira del presidente Chávez comprende a Libia y Argelia (África), Siria e Irán (Medio Oriente), Bielorrusia y Rusia (Europa).


VENEZUELA - Gerson Peres Caracas 0416 8259609 - integracionamerica@gmail.comBRASIL - José Gil - Rua Brasílio Itiberê, 3333Curitiba - Brasil - 80250-160Fones: (41) 3528-6264 e 9656-6088 - jornalaguaverde@gmail.com 5309 visitas recebidas.








A CIA prepara instalação
de um escritório no Brasil



CURITIBA - BR - Uma das maiores desgraças para a América Latina e para o Brasil começa a ser construída pelo governo dos Estados Unidos da América: a Agência Central de Inteligência norte-americana, a CIA, montará um escritório regional no Brasil, assim que o presidente Lula concluir seu mandato presidencial, informou neste domingo o jornalista venezuelano José Vicente Rangel.

Durante o programa “Los Confidenciales”, de José Vicente Hoy, no canal Televen, Rangél revelou que organismos de inteligência e segurança dos Estados Unidos trabalham para montar na cidade de São Paulo um escritório regional para monitorar trabalho de espionagem na América Latina, especialmente na Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina.

A estratégia norte-americana prevê a possibilidade de que Lula não consiga eleger sua candidata à sucessão, a ministra Dilma Roussef. Com a eleição de um candidato de direita, estará aberta a porta para a CIA desembarcar no Brasil e intensificar suas ações contra os países governados por regimes de esquerda no continente.

A CIA é conhecida em todo o mundo por ações terroristas para desestabilizar governos democráticos e implantar ditaduras subservientes aos interesses norte-americanos. Em países como Iraque e Afeganistão, agentes da CIA plantam explosivos em igrejas (mesquitas), centros comerciais e feiras livres para jogar xiitas contra sunitas, partidos políticos contra partidos políticos, procurando dividir os países para melhor dominá-los. Na América Latina agentes da CIA atuaram no assassinato de dirigentes sindicais, estudantis e políticos de esquerda, na maioria dos países latino-americanos.



VENEZUELA - Gerson Peres Caracas 0416 8259609 - integracionamerica@gmail.comBRASIL - José Gil - Rua Brasílio Itiberê, 3333Curitiba - Brasil - 80250-160Fones: (41) 3528-6264 e 9656-6088 - jornalaguaverde@gmail.com 5311 visitas recebidas.


















Pela libertação do ativista e escritor
Cesare Battisti, um refugiado político
ilegalmente preso no Brasil!



.
Divulguem esta notícia para todos seus contatos!
O que está em jogo é muito grave.


1 – O escritor Italiano Cesare Battisti não cometeu nenhum assassinato. Os assassinatos atribuídos a ele ocorreram no mesmo dia a mais de quinhentos quilômetros de distância um do outro, o que tornaria o crime impossível. Além disso, o irmão de um dos mortos defendeu que o assassino não era em hipótese nenhuma Cesare, mas um sujeito alto moreno. Além disso, Cesare foi bode expiatório de um processo que utilizou torturas e delações premiadas.

2 – Nos anos 70, para conter o avanço dos movimentos sociais, como parte da estratégia de tensão da Guerra Fria, o governo Italiano se auto-inflingia ataques violentos e culpava os ativistas de esquerda, encarcerando centenas de lideranças populares e fazendo perseguições em massa. Tratava-se de uma ditadura disfarçada de democracia. Battisti foi mais um dos presos políticos vítimas dessa cruel política dos poderosos de calar a boca dos movimentos sociais.

3 – Battisti foi reconhecido como refugiado político pela França de Mitterrand, e a Itália não questionou isso. Ao questionar que ele tenha refúgio político no Brasil, a Itália desrespeita a soberania nacional do Brasil e nos trata como “república de bananas”.

4 – Battisti está sendo tratado como preso comum, mas na verdade ele é um preso político. Ele escreveu diversos livros na França, onde denunciava as perseguições políticas e a ditadura disfarçada de democracia nos anos 70 da Itália. Estão tentando calar este homem por ter denunciado tudo isso.

5 – Em Janeiro o Ministro da Justiça, Tarso Genro, deu a ele o status de refugiado político, e o judiciário está passando por cima disso, ao querer impor a extradição dele para a Itália. Ele devia estar em liberdade, e está preso ilegalmente.

6 – Battisti na verdade está sendo vítima de um cruel processo onde ele é usado como bode expiatório do governo fascista de Berlusconi, que encena um grande espetáculo para ganhar votos e desviar a atenção popular da crise. A grande mídia crucifica este homem e tenta fazer a cabeça da população, tratando-o como um monstruoso criminoso, quando na verdade ele é um escritor e ativista político perseguido porque incomoda o sistema.

7 – Battisti é defendido por muitos ativistas de diversos países do mundo todo. Ele é mais um perseguido político, como Olga Benário, que foi entregue por Getúlio ao Hitler. A luta pela libertação de Battisti é a luta pela liberdade política.

8 – No Brasil vigora a lei de Anistia, portanto, manter Battisti preso e extraditá-lo significa permitir perseguições políticas no Brasil e abre um precedente perigoso para perseguir e criminalizar os movimentos e lutadores sociais no Brasil, como já vem acontecendo. Abre precedentes perigosos para os direitos fundamentais e liberdades políticas, de opinião e de expressão.

Portanto, somos pela imediata libertação do escritor Cesare Battisti, um homem inocente e perseguido político, e que o poder Executivo do Governo Federal o liberte e lhe dê o asilo e refúgio político. Isso é o mínimo que deve fazer um país que diz defender os princípios de liberdade e democracia.Não podemos permitir que um homem seja usado como bode expiatório num processo absurdo e fascista, para fazer espetáculo num momento em que a crise, barbárie e desagregação do sistema capitalista atingem milhões de pessoas em todo o mundo, ameaçando o futuro da humanidade.

Por isso, LIBERDADE PARA CESARE BATTISTI!
Vamos todos agir, antes que seja tarde!

Acesse a campanha pela libertação de Cesare Battisti!
Ajude a divulgar isso para todos!

Nós, integrantes do Coletivo Libertário Trinca, expressamos nossa solidariedade ao escritor italiano Cesare Batisti, bem como nosso total repúdio à postura das autoridades italianas que o vem perseguindo e ao processo calunioso e difamatório organizado pelos meios de comunicação, a fim de criminalizar e macular a figura do literato por meio de uma construção equivocada da história da Itália, apresentada como um país inteiramente democrático e apagando-se os últimos anos da década de 70 (os “Anos de Chumbo”), momento histórico marcado pela radicalização da luta de classes e pela ação enérgica da situação que acossou implacavelmente os militantes de esquerda.Na Itália, o fascismo não se extinguiu, apenas se “travestiu” de legitimidade de fachada democrática, fatos que os historiadores não poderão sonegar. Por isso, quem considera esses fatores conclui que Batisti não cometera os crimes dos quais o acusam, sendo, agora, acossado e condenado num processo duvidoso, com delações premiadas e regido por uma justiça cuja imparcialidade é altamente questionável. Assim sendo, fica ainda mais evidente que o escritor não é nenhum criminoso, mas um dissidente político, sua perseguição configura-se como um ato marcadamente político, representando simbolicamente a criminalização dos movimentos sociais e da geração de 68.Sendo o Brasil um país que reivindica a democracia e no qual vigora uma lei de Anistia (para todos os segmentos envolvidos nas lutas desencadeadas no período conhecido como “Ditadura Militar”), seria uma profunda incoerência aprovar a extradição de Batisti, por se tratar de um perseguido político. Esta constatação garante o seu imediato asilo político, previsto na Constituição Brasileira (no Artigo 4º, parágrafo X).O governo italiano, ainda, demonstra profundo desrespeito à soberania do Brasil, quando exige a extradição imediata de Batisti, fato oportuno que não aconteceu outrora, quando a França concedera asilo político a ele e a uma série de refugiados italianos. Caracteriza-se, dessa forma, a verdadeira intenção do governo italiano: calar esta voz que tem denunciado, por meio de seus livros, as arbitrariedades de um período histórico cercado de injustiças, cujos “ecos” ainda ressoam. Battisti é usado como um “bode expiatório” num momento em que a crise da sociedade produtora de mercadorias demonstra os seus limites e consequências nefastas.Desta maneira, reivindicamos do governo Brasileiro a não-extradição de Cesare Batisti e a garantia de seu refúgio político em nosso país.Batisti não é um criminoso, mas um escritor, ativista político e intelectual, injustamente acossado por defender suas posições pela transformação social e emancipação da classe trabalhadora.
Libertem Cesare Battisti!

Coletivo Libertário Trinca








Eva Golinger:
Documentos desclasificados
revelan impulso de Estados
Unidos a formación de
paramilitares en Venezuela



Eva Golinger enfatizó que desde que comenzó el apoyo de Estados Unidos a la formación de grupos irregulares en Venezuela, se ha incrementado el nivel de crímenes en el país suramericano.



La abogada e investigadora estadounidense-venezolana, Eva Golinger, en entrevista con teleSUR. (Foto:teleSUR)


TeleSUR _ 30/09/2009



Documentos desclasificados del Pentágono y el Comando Sur contienen información que revelan que el Gobierno de Estados Unidos ha impulsado la proliferación de grupos armados irregulares en Venezuela.
En entrevista concedida a teleSUR, la abogada e investigadora estadounidense-venezolana, Eva Golinger, advirtió que se ha creado en Venezuela, con apoyo de Estados Unidos, un grupo paramilitar de ultraderecha denominado Autodefensas Unidas de Venezuela.
A continuación el texto íntegro de la entrevista
¿Existen razones para dar crédito a estas actividades de conspiración abierta de altas autoridades del gobierno colombiano y de sectores opositores venezolanos?
Por supuesto que si. Es interesante que las evidencias, como es tradicional también, vienen saliendo con mayor frecuencia durante los últimos años, de lo que ha sido desde hace varios años, una gran sospecha y otro caso que se ha evidenciado con actos concretos como fue en el 2004 con la detención de unos cien paramilitares colombianos en la finca por las afueras de Caracas. Que estaban también montados en un plan de asesinato contra el presidente Chávez, de magnicidio, de desestabilización. Desde entonces ha habido una serie de evidencias que demuestran que la infiltración de paramilitares, más allá de cruzar la frontera, han llegado hasta la ciudad de Caracas. Esto ha sido causante, y muchos lo han sospechado, de que Venezuela no sufría de ciertos crímenes de inseguridad tan potente como hoy en día. Ha existido la sospecha que los paramilitares están promoviendo un ambiente de desestabilitación y ahora más que nunca se está confirmando.
¿Y en ese plan de desestabilización, cuáles podrían ser los modus operandi de estos grupos paramilitares que se infiltran en Venezuela?
Eso forma parte de lo que estados Unidos clasifica como la guerra irregular el uso de grupos militares para promover las acciones violentas para ejecutar también las operaciones especiales ¿Cuáles pueden ser las diferentes acciones? Pueden ser desde el secuestros (que antes Venezuela no sufría como los niveles de hoy en día) , crímenes (que se ven en todo el país), hasta el sicariato, que no es común aquí y si es algo típico de grupos paramilitares y la lamentable guerra que ha existido en Colombia durante más de una década. Tuvimos en el año 2004 el asesinato de, en una forma jamás visto en Venezuela, del fiscal Danilo Anderson, que fue por explosivos, fue acto terrorista, eso es un ejemplo de lo que pueden estar ejecutando estos grupos irregulares, estos grupos paramilitares.
¿De estos planes (magnicida para asesinar al presidente Chávez) conoce el gobierno de Colombia o los altos funcionarios?
Obviamente si, aquí en teleSUR es donde se ha mostrado la entrevista con Rafael García, el ex agente de la DAS, que también hablaba de ese vínculo. Es imposible que no, cuando se habla de un gobierno de Colombia, que es un gobierno paramilitar, cuando existen esos vínculos entre el personaje de Álvaro Uribe y los grupos paramilitares. Quería retomar el tema de como actúa aquí en Venezuela, para llevar también la denuncia, mucha gente que vive en la zona fronteriza Táchira y Apure donde se han infiltrado y el tema de la matanza de los campesinos y luchadores por la tierra, en esa zona. Pueblos como Rubio, por ejemplo, sufren de ese paramilitarismo, hasta el punto de que ya están cobrando vacunas, están imponiendo toques de queda, es como otro país. Los paramilitares están cobrando a toda la comunidad, osea a los residentes , empresarios para la tranquilidad, pero realmente es la imposicion de un estado de terror. Es una manera de reprimir, por que dicen que si no lo paga los van a matar. Hay venezolanos y venezolanas que están viviendo bajo esas circunstancias , eso lo conoce, lo sabe el estado venezolano, por eso el presidente Chávez mandó a grupos de militares, a grupos de la Fuerza Armada Bolivariana para cuidar justamente esa zona y atacar el tema de paramilitarismo.
Ante esta situación que vive Colombia, es conocido también que Estados Unidos no está ajena a la situación que vive Colombia y la incursión del paramilitarismo en Venezuela
Parte de lo que ha sido el Plan Colombia, desde su inicio, ha sido un plan de dominación y control territorial y lo estamos viendo más allá ahora con el tema de la militarización, completa del país, a través de la ocupación de siete bases militares adicionales por parte de EE.UU. Ellos ha estado intentando desde hace tiempo empujar el conflicto de Colombia a territorio venezolano para justificar entonces su presencia y sus actividades en Venezuela.
¿Esto quiere decir que la incursión del paramilitarismo colombiano en Venezuela ha sido ayudado, impulsado por EE.UU.?
La evidencia muestra justamente esa conclusión, debido al hecho de que es Estados Unidos el que ha estado con Álvaro Uribe, durante los últimos diez años, en Colombia, combatiendo estos grupos irregulares, sin embargo, han proliferado y han llegado a Venezuela.
De eso hay evidencia porque hay documentos de Estados Unidos., del Pentágono, del Comando Sur y su división de inteligencia , que dentro de mis investigaciones se han desclasificado parcialmente, muy parcialmente porque están bastante censurados.
Un ejemplo de lo que son las tachaduras, un ejemplo de las pocas líneas que se desclasifican, son ya suficiente información para concluir, que son actividades de grupos irregulares colombianos en Venezuela.
Esto es un documento del 14 de abril de 2003 del Comando Sur, del centro de inteligencia, donde se habla del grupo Autodefensas Unidas de Venezuela. Específicamente dice que las Autodefensas Unidas de Venezuela es un grupo paramilitar que se autodescribe como una milicia bolivariana, creado para radicar los insurgentes y los elementos que andan dentro de la frontera venezolana. Dicen que las AUV fueron creados por la AUC, que son los grupos paramilitares. Esto fue en el años 2003, incluso dicen que fueron creados el primero de marzo de 2003.
Podemos concluir que Estados Unidos, desde el año 2003, casi desde su creación, tenia el conocimiento pleno de su existencia y de su creación . Estados Unidos no ha denunciado esto, siempre hemos sufrido, aquí en Venezuela todos los ataques del gobierno de Washington, supuestamente acusando a Venezuela de darle refugio a grupos irregulares de Colombia , como las FARC o el ELN.
Ellos lo denuncian como grupos terroristas . Jamás hemos escuchado en una declaración del Pentágono o la Casa Blanca , el nombre de Autodefensa Unidas Venezolanas como creación de los paramilitares colombianos. Incluso, como dicen los documentos , para ejecutar las actividades de los paramilitares colombianos dentro de Venezuela. Es obvio que es una organización que fue creado con el fin de esa primera acción que fue el plan de magnicidio que casi lograron ejecutar en el 2004 aquí en Caracas con el descubrimiento de esos cien paramilitares.
Es la militarización de América Latina y el esfuerzo de Estados Unidos de recuperar su influencia en la región bajo la fuerza. Tenemos conocimiento que hay más de 3mil integrantes de grupos irregulares y con un plan para desestabilizar, para neutralizar a los movimientos revolucionarios. El uso paramilitar no es primera vez que se usa, en Cuba también se realizó.
Dentro de ese acuerdo entre Estados Unidos y Colombia, ademas de paramilitares, han sido utilizados los mercenarios que prestan los servicios de guerra. Ademas de los paramilitares colombianos, como Águilas Negras, AUC; los contratistas militares ya existen en Colombia.
TeleSUR _ 30/09/2009
EUA e Israel articulam para



impedir eleições diretas

para o Parlasul no Brasil



CIA, Pentagono, Departamento de Estado e MOSSAD abrem Escritório em Brasilia e articulam arquivamento de projeto que regulamenta
eleições de 2010 no Parlasul.

CURITIBA/BR-ASSUNÇÃO / PAR / 21.09.09 / REDE SP/RJ//Br - PRESSDIPLOMATIK - Confirmam-se as especulações oriundas e presentes nas discussões politicas dos movimentos sociais latino americanos que reunidos neste último final de semana, dias 19 e 20, em Curitiba ( Brasil ) para debaterem as eleições diretas no Parlasul, terminaram por confirmar o envolvimento da CIA e do MOSSAD, os serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel para impedir a votação nos respectivos Congressos Nacionais de cada país, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai ~dos projetos de regularização das eleições diretas no Parlasul, ora ofecendo vantagens ou fazendo chatagem com os mesmos para evitar a regularização das mesmas de forma direta, uma vez que as mesmas acontecendo de forma direta controlarão a escolha dos respectivos parlamentares nestes países.
Num Encontro Internacional que reuniu representantes de aproximadamente cem entidades sociais e organizações populares brasileiras, argentinas, paraguaias e uruguaias,dos países membros do MERCOSUL foi debatido pelos presentes a estratégia para a realização das eleições que devem ser direta, secreta e universal, conforme determina o Protocolo de Constituição do Mercosul e a participação popular neste processo, que começou no Brasil por iniciativa do MDD - Movimento Democracia Direta, hoje uma organização politica cultural brasileira com líderes remanescentes do Movimento dos Comitês Revolucionários, antiga organização revolucionária de combate a ditadura militar no Brasil.
Juan Gonzalez Echeverria, Diretor de Assuntos Internacionais do Forum Argentino pelas Eleições no Parlasul afirmou que existe uma articulação de diversos parlamentares que hoje compõem aquela instituição internacional dos quatro países, dispostos a impedir as eleições, e denunciou que a CIA, o Departamento de Estado e o Pentagono, juntamente com o Governo de Israel instalaram um Escritório no Brasil, em Brasilia, para impedir que o Congresso Nacional brasileiro vote a regularização das eleições. " Os EUA temem que a realização diretas destas eleições politize o povo brasileiro e sul americano, com debates como a instalação de bases militares na Colôbia objetivando invadir o Brasil e a Venezuela, a 4ª Frota que hoje cerca o Brasil e a Venezuela e os Agentes Secretos infiltrados na Amazônia, dentre outras ações que desenvolvem clandestinamente em países como a Venezuela, Bolivia, Equador, Paraguai e Brasil", afirmou.
Hernadez Jarrim, representante do Comitê Uruguaio pelas Eleições Diretas no Parlasul confirmou as declarações de Echeverria afirmando que tambem parlamentares uruguaios estão tentando adiar a votação do projeto de regularização, como estão fazendo no Brasil, para que não acontecendo isso os Parlamentares do Parlasul sejam eleitos indiretamente, através do próprio Congresso Nacional de cada país. Jarrim afirmou que as eleições já foram realizadas no Paraguai por pressão dos movimentos sociais e devem acontecer nos demais países, porisso foi aprovado no Encontro Internacional um dia internacional pela ocupação dos respectivos parlamentos, por vinte e quatro horas e que seja exigido a votação dos respectivos projetos de regularização das eleições. No Brasil as movimentações estão previstas para a próxima semana.
O Forum Brasileiro de Defesa das Eleições Diretas no Parlasul, que esteve representado por organizações populares de diversos estados brasileiros, pronunciou-se através da Advogada e professora Adriana Rebello, que afirmou serem sérias as denuncias feitas e as descobertas do que já vem sendo divulgado por alguns setores da mídia alternativa e afirmou que além de haver um boicote por parte de alguns parlamentares brasileiros que não desejam as eleições, é preciso investigar estas relações promiscuas entre parlamentares brasileiros e os serviços secretos dos EUA e de Israel. Acusou os mesmos de serem vende pátrias e entreguistas e disse que levará neste final de semana o assunto a reunião do Forum para divulgar em todo o Brasil o nome dos membros da Representação Brasileira e pedir ao Ministério Público e á Policia Federal que investigue êsses indicios de crimes contra o povo brasileiro. Adriana afirmou ainda que o Movimento Democracia Direta, organização que estar se organizando em Santa Catarina onde atua no movimento estudantil passe livre, já fez diversas denuncias nesse sentido através de seu Coordenador Nacional, Acilino Ribeiro.
Carlos Carraro, também participante do Encontro Internacional e dirigente da Central Sindical dos Trabalhadores informou que existe uma relação incestuosa entre os serviços de inteligência dos EUA e a grande imprensa brasileira, que desde o começo não toca no assunto e recebem enromes somas de dinheiro para omitir qualquer noticia sobre o Parlasul. Informou que o interesse em Israel impedir as eleições diretas para o Parlasul no Brasil e demais países da América do Sul é que os candidatos irão denunciar o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e aquele país aprovado no último mês e que com uma maioria de esquerda êste seja revogado. Carraro confirmou que foi informado no Encontro que a CIA , o Pentagono e o Departamento de Estado controlam três canais de TV a Cabo e que são transmitidos diariamente para toda América do Sul e mais 150 países apenas matérias e reportagens de interesse do imperalismo. No Brasil, disse: " existe uma grande rede de televisão quetem um Jornal de abrangência nacional que só vai ao ar após o Adido de Imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil liberar", concluio.
Ao final do Encontro foi aprovada a Carta de Curitiba, que reivindica as eleições diretas no Parlasul e a aprovação no Brasil do Projeto do Deputado Carlos Zarattini que já tramita no Congresso, assim como uma ampla campanha de divulgação do assunto, uma vez que aproximadamente 99,99% do povo brasileiro nunca ouviu falar que essas eleições acontecerão.
Os participantes consideraram o evento um sucesso e que vão exigir a partir de agora a regularização pelos respectivos parlamentos nacionais, e que farão uma ampla mobilização popular envolvendo trabalhadores e estudantes dos quatro países para que essa regulamentação se dê até o final do ano, uma vez que como não se trata de materia eleitoral, mas de materia constitucional, a mesma pode ser regulamentada até o mês de dezembro.


FONTE - ASSIMP da CST - CUESUL - FORUMSUL - FAEPARSUL - REDENOTSUR
Solange Coêlho - PRESSDIPLOMATIK e Eunice Canavarro INTERPRESS / Paraguai



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» Publicada em 230909 - MOGI NEWS

Procuradoria da República
do DF vai investigar caso
de palestinos

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) pretende apurar as responsabilidades do Conselho Nacional dos Refugiados (Conare) do Alto Comissariado das Nações Unidas (Acnur) e da Cáritas Brasileira sobre uma suposta recusa de assistência material a um grupo de refugiados palestinos que esteve acampado, por mais de um ano, em Brasília. A conversão do procedimento preparatório para inquérito civil público para investigação dos fatos já tramita no órgão.
Assessorados pelo advogado Acilino Ribeiro, coordenador nacional do Movimento Democrata Direta (MDD), 21 palestinos, que chegaram ao Brasil em 2007, acamparam em Brasília de maio de 2008 até meados de agosto deste ano. Eles alegavam dificuldades de adaptação e falta de apoio do governo brasileiro.
Diante da situação, o Instituto Autonomia, entidade que atua na promoção e defesa dos direitos humanos, se solidarizou com a causa e ofereceu assessoria por meio da advogada Sandra Nascimento. "Não tendo pátria para retornar, é preciso encontrar uma saída diplomática e humanitária para os palestinos. Não é aceitável que os órgãos envolvidos continuem se omitindo na questão", afirmou Sandra.
Os palestinos ainda estão em Brasília, porém, estão em abrigos oferecidos por entidades beneficentes. São representantes de todas as localidades nas quais foram designados a ir quando chegaram ao Brasil, inclusive de Mogi.
A abertura do inquérito foi decidida depois de inúmeras reu-niões entre os refugiados e a PRDF. A Assessoria de Cooperação Jurídica Internacional da Procuradoria-Geral da República planeja convocar uma audiência pública para discutir as soluções para o caso dos refugiados palestinos que estão no Brasil.
Procurado pelo Mogi News, o porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho, informou que não teria tempo para formular uma resposta até o prazo do fechamento desta edição e que enviaria, posteriormente, um posicionamento. O secretário-regional da Cáritas Brasileira, Antenor Rovida, não foi encontrado pela reportagem. (N.R.)


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